Por Wallace Góis
Quadro do artista Claudio Pastro. |
O cristianismo é evidência interessante de que perseguidos
podem se tornar perseguidores e vice-versa. Desde Paulo, o zeloso fariseu e
defensor da “verdade”, que mandava matar cristãos como forma de expurgar o que
considerava um crescente mal, que se tornou um dos mais importantes missionários
da igreja primitiva, passou a estar em situações de prisão, ameaças, injúrias e
intolerância religiosa pelos seus antigos correligionários e também por outros
grupos. O próprio Cristo, é claro, foi vítima de intolerância religiosa e
acabou morto por isso, acusado de blasfêmia por reinterpretar a fé na qual foi educado. Seus discípulos também sofreram perseguição e hostilidade.